Game of Thrones - S03E09 - The Rains of Castamere


[spoilers]
Depois de uma longa e penosa semana de hiato, Game of Thrones retorna com seu penúltimo episódio da temporada destinada a explodir cabeças. E o fez, quase que literalmente. The Rains of Castamere mostra o porque de George R. R. Martin ser tão amado e odiado (no bom sentido da palavra?), e nos deixa sem chão, ao menos até a próxima semana.

Bran

Foi um episódio quase que inteiro destinado aos Stark, e isso se fazia necessário para que o impacto final fosse ainda mais valorizado. Começando por Bran e sua jornada rumo ao que se encontra além da muralha (!?). Pode ser ignorância da minha parte, até mesmo por ainda não ter lido o terceiro livro, mas o que o garoto quer tanto além da muralha? Não consigo entender. Se o único intuito é encontrar o tal corvo de 3 olhos, não me parece motivo suficiente, visto que o jovem Stark consegue entrar na mente não só de Verão, seu lobo, como em humanos como Hodor. Foi triste, porém, ver os irmãos se separarem, pobre Rickon.

Jon

John Snow continua não sabendo de nada, já dizia a ruivinha Ygritte. Ao menos não consegue decidir de qual lado fica, ou não conseguia, visto que dessa vez teve que se impor de alguma forma. Colocado em uma situação limite, o Bastardo escolheu não matar o tratador de cavalos - um aliado dos corvos - e se tornou novamente um traidor (já o era da Patrulha da Noite, agora é considerado escória também dos selvagens). Sua atitude em não querer matar o idoso, além de colocar Ygritte contra seu próprio povo, casou de forma singela e interessante com a trama de Arya, que impedia que o Cão de Caça cometesse atrocidade semelhante a quilômetros de distância dali. Prova de que Ned Stark soube cultivar muito bem seus valores em seus filhos. Me incomodou o fato de Snow não perceber a presença de Verão e Cão Felpudo no ataque aos selvagens. Ele certamente os notou, como a câmera nos mostra, mas pouco deu importância a isso, e preferiu ir atras da águia que, aparentemente, assumiu a consciência de seu rival. Foi angustiante, no entanto, perceber que os irmãos estavam tão próximos de se encontrar, mas não o fizeram. Uma pena, estava ansioso por esse momento.


Sam

Sem mostrar arrependimento algum por ter deixado a adaga para trás no último episódio (ainda não consegui superar), Sam finalmente chegou à muralha com sua amada. E apesar de sua trama não ser grande coisa, é impossível não simpatizar com o carismático casal. Tudo me leva a crer que eles poderão cruzar o caminho de Bran num futuro próximo. Seria bacana, mesmo sem saber pra onde a história de ambos poderá transcorrer.

Daenerys

O ponto baixo do S03E09, por incrível que pareça, foi a trama de Daenerys. Deslocada do foco central do episódio, o desenvolvimento de Khaleesi serviu apenas para mostrar que sua admiração (desejo?) por Daario Naharis só aumenta, e não a toa. O soldado não só demonstra total devoção a sua Rainha, como assume uma postura totalmente galanteadora para com a mesma. A conquista de Runkai só serviu para ratificar isso. Ao passo que Ser Jorah, eternamente na friendzone, faz cara de quem comeu  e não gostou.

Arya

Ainda prisioneira do Cão de Caça, Arya esteve muito perto do reencontro com sua mãe e irmão. Muito perto mesmo, pois ficou a porta das Gêmeas, atrasada por Clegane durante todo o tempo. As discussões entre os dois sempre geram bons momentos para a série, e dessa vez não serviram de todo o mal, pois impediram que a garota sofresse o mesmo destino que o Rei do Norte. Seria triste ver a pequena Stark presenciar o que aconteceu, tal como foi com seu pai, mas ela certamente tem consciência de tudo. Especialmente quando viu o lobo do irmão ser assassinado.

Robb

O triste fim do Rei do Norte. Torcer pelos Stark têm sido uma tarefa difícil, uma tragédia anunciada, aos espectadores. Esperar que Lorde Frei compreendesse seu casamento com a enfermeira, certamente não foi algo sensato por parte de Robb, mas não esperava algo tão cruel por parte do Senhor das Gêmeas. Ver sua reaproximação com a mãe, bem como suas amorosas cenas com a Rainha (a revelação do nome do bebê foi particularmente tocante), foram de partir o coração, ao constatarmos seu destino. Confesso que o choque com a brutalidade com a qual Talisa foi esfaqueada em sua barriga grávida foi tão grande, que diminuiu o impacto de ver Robb alvejado por várias flechas. E maldito seja Roose Bolton, que fez questão de proferir sua lealdade aos Lannister, antes de dar fim a vida do Rei do Norte. Toda a cena foi construída de forma magistral, emocionante, com uma trilha sonora melancólica, concordante com o momento. E que grande encerramento. Ver Catelyn, ferida, oferecendo sua vida pela a de seu primogênito foi de partir o coração (que interpretação incrível de Michelle Fairley!). Me senti, invariavelmente, torcendo para que Frei aceitasse seu suplicio e libertasse o rapaz. O que, claro, não aconteceu. Então presenciamos todo o sofrimento de uma mãe vendo seu filho partir, e depois tendo sua vida tomada. Vida essa, que já havia sido levada quando Robb caiu desfalecido. E o episódio termina com os créditos surgindo a tela em silêncio, de luto.


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